Institucional
Nosso Movimento
OVISA – Orientação para a Vivência Sacramental – é um Movimento inserido na Pastoral Familiar da Igreja Católica Apostólica Romana, que pretende, através de uma vivência intensiva e comunitária dos Sacramentos, construir, reconstruir ou alimentar a felicidade pelo Matrimônio, com o que “a família Cristã patenteará a todos a presença do Salvador no mundo e a autêntica natureza da Igreja pelo amor dos cônjuges” (Gaudium et Spes, 48), despertando a paternidade responsável e,com ela, o sadio relacionamento pais e filhos e a conseqüente promoção destes para a vida de amor.
A ação do Espírito Santo, no seio da família, tem suscitado muitos dons, carismas e serviços, que vivificam e fortalecem a Igreja, apesar das transformações que vêm acontecendo em nossa sociedade.
O OVISA é um encontro de Casais inserido na Pastoral Familiar, é uma proposta que, graças a Deus, ao lado de tantas outras, tem sido um dos caminhos que tão bem vêm orientando a Família em nível de Igreja no Brasil.
FUNDADORAS
- Nely Torres Babini, Campinas – SP
- Arani Anhert Pieri, Campinas – SP (in memorian)
BISPO PADRINHO
- Dom Irineu Danelon, SDB, Bispo de Lins – SP.
Campinas (SP), 21 / 22 de junho de 1969.
Porque o OVISA
Quando conheci a Arani em março de 1966, ela já era dirigente dos Cursilhos de Cristandade. Sua Mãe participou do 6° Cursilho feminino de Campinas, assim como eu. A Tilica, mãe da Arani, foi a ‘artista plástica’ de nosso grupo, na época, chamado decúria, e contou, toda orgulhosa, que sua filha fazia parte da equipe de dirigentes.
Estando encantadas como estávamos, era a maior glória ter no nosso grupo a Mãe de uma dirigente. No 7° Cursilho Feminino, fui convidada a participar da equipe de dirigentes, graças ao testemunho dado no final de meu Cursilho. Arani e eu logo ficamos amigas. Arani era um baluarte do Movimento e dava diversas palestras, que chamávamos de ‘rollo’. A partir do 8° Cursilho eu também dei algumas palestras. Em nossa experiência no trabalho com as senhoras, percebíamos duas situações:
1° algumas senhoras estavam revoltadas com o Movimento porque seus maridos, tendo se engajado, as faziam sentir-se excluídas até de suas vidas; tantos eram os segredos.
2° outras senhoras se arrependiam por não haver permitido que os maridos freqüentassem o Movimento.
Conseguiriam recuperar tamanha perda? Quando em 1967, Maria Lamego, braço direito de Pe. Harold Rahm – SJ, e ele me convidaram para trabalhar no 1° TLC (Treinamento de Liderança Cristã) para jovens, que estava se iniciando na Vila Brandina, fiquei toda entusiasmada e logo fui encarregada da montagem das equipes. Uma das primeiras que convidei foi a Arani, que logo aceitou. Não eram todos que aceitavam porque não se sentiam à vontade para falar aos jovens e nem com os jovens.
Além do mais, o pessoal do Secretariado de Cursilhos não via com muito bons olhos o trabalho do TLC, acredito que por medo de que, tendo os jovens uma profunda
experiência de Deus no TLC, faltaria clientela futura para o Cursilho. Que bobagem! Ainda bem que Dom Antonio Maria Alves de Siqueira, Arcebispo da Arquidiocese, ordenou que o Secretariado de Cursilhos parasse de hostilizar o TLC. Eu, que representava, com a Zelinda Landwerkamp, o setor feminino no Secretariado, e que, ouvia constantemente recriminações e críticas sobre o TLC, me alegrei quando veio a ordem de Dom Antonio.
Lembro-me muito bem de ter dito: “Os homens se acham mais inteligentes do que as mulheres, mas eu descobri por mim mesma o valor do trabalho com os jovens. Não precisei esperar o Arcebispo mandar”. No trabalho com os jovens percebíamos que a sua maior dificuldade era não encontrarem eco em casa. Os pais ficavam fazendo cobranças exageradas, em desacordo com as próprias vivências. Lembro-me do desabafo de uma jovem de Americana – SP, cuja mãe trabalhava no Cursilho: “quando minha Mãe fala no Cursilho é tudo da boca para fora, porque em casa é bem diferente!”. É horrível constatar que os jovens não vêem autenticidade em seus lares.
Meu sonho era reunir as famílias e dar a oportunidade de vivenciarem o amor. Para o Mini TLC que iniciei com Pe. Haroldo, em 1969, a condição para que os filhos adolescentes fizessem o Encontro era a participação dos Pais em um domingo inteiro. Era uma maneira de atingir toda a família. No roteiro eram três palestras: